[Waldineia Strebe e o pai Walter]
O Botafogo Futebol Clube
foi fundado oficial em 20 de novembro de 1949, tendo como boom a cultura
pebolística.
Porém, a história
do futebol na comunidade italiana da Barra do Rio Cerro surgiu no pasto da
família Rubini, próximo ao Morro da Polenta, no limiar dos anos 20. A primeira
equipe de futebol daquela época trazia na estampa das camisetas dos atletas, a
história do Palestra Itália ou simplesmente Palmeiras. Foi uma forma encontrada
pela população remanescente de italianos manter o saudosismo à velha Pátria, a
Itália.
Durante duas décadas a
agremiação esportiva do Palestra Itália revelou os primeiros atletas do futebol
amador no pasto do gado leiteiro do Nono e Nona Rubini.
Com o advento da
Segunda Guerra Mundial, em 1939, o ciclo do futebo encerrou suas atividades,
visto do clima hostil das autoridades de Getúlio Vargas e Nereu Ramos pesarem
olhares vigilantes sobre a população remanescente dos países do eixo [Itália, Alemanha e
Japão], existentes na Barra Rio Cerro. Portanto, o foco das persiguições eram
os alemães, pomeranos, suábios-húngaros e italianos.
Apesar de todo
desconforto, um grupo de futebolista e praticantes do tiro esportivo, no Salão
Weege fundaram a Soceidade Cruzeiro, ao longo dos anos 40, bem no clima tenso
da 2ª Guerra Mundial. A iniciativa não logrou êxito, embora um estatuto social
tenha sido orgnizado e publicado no
semanário Correio do Povo.
Após essa má sucedida
experiência, no final dos anos 40, após a Segunda Guerra Mundial, um novo
movimento esportivo centrado na cultura do futebol uniu os moradores da Barra
do Rio Cerro. Desta vez o palco do inicio das dicussões foi o pé de cerejeira
do Senhor Ewaldo Benthien [comerciante], defronte à antiga Escola Isolada Mista
e Desdobra “Barra do Rio Cerro”[atual EEB - “Professor José Duarte Magalhães”].
Desta vez a escolha
do nome da agremiação esportiva ficou por conta da nova geração. Essa nova
geração composta de muitos rapazes que serviram o Exército, no Rio de Janeiro e
onde conheceram o futebol carioca. O grupo liderado a favor da escolha do nome
Botafogo prevaleceu e destarte as cores Alvinegro cairam na graça dos moradores
da Barra do Rio Cerro.
Outro aspecto a
destacar em relação ao novo movimento esportivo da Barra era o preparo físico,
visto que muito atletas serviram no Exercíto. Assim aprenderam a importância de
estar preparado nas dimensões fisica e psicológicas, para entrar em campo.
Com esse novo mote, o
futebol amador começa a ganhar novos contornos, o que leva a equipe do Botafogo
alinhavar vários títulos de futebol, nos anos “Dourados”, “chumbo”, “Milagre
Econômico” e a “Década Perdida”.
Mas o novo clube
precisava de receitas financeiras para ganhar visibilidade, prestigio social e
manter as financias com a parceria da timida legião de torcedores e associados.
E, em meio à crise foi escolhido o tiro esportivo, o qual era a modalidade
esportiva preferida dos alemães e pomeranos.
Em 1957, o
Departamento de Tiro foi implantado e começou o ciclo da tradição e do foclore.
Assim nasci no Salão Weege, o movimento esportivo do tiro, no ponto de
sociabilidade social e cultural mais destacado da Barra do Rio Cerro.
Hoje, o Botafogo
festeja 62 anos com importante contribuição no meio do associativismo de
Jaraguá do Sul, o qual veio para dar a Barra e seus respectivos moradores,
lazer social e cultural, cuja missão continua sendo neste terceiro milênio.
Quadro
de Fundadores: Albrecht Konell, Antonio Correa, Álvaro Severino Piazera,
Ewaldo Benthen, Conrado Schroeder, Egon Ponath, Walter Strebe, Flavio Rubini,
Vírgilio Pedro Rubini, Constantino Rubini, Humberto Rubini, Mario Marinho
Rubini, Mario Buzarello, Ernesto Picolli, Constatino Buzarello, Renato
Buzarelo, Tarcígio Salter, Wolfgang Hruschka, Waldemiro Huruschka, Silvestre
Stoinnsky e Faustino Girola.
|
Ademir Pfiffer - Historiador
Nenhum comentário:
Postar um comentário