quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Walter Strebe




[Waldineia Strebe com o pai Walter]  

          Os anos 30, o Distrito de Jaraguá foi marcado pela passagem do dirigível Zepellin, uma novidade tecnológica para época. E, em meio a essa novidade e outras da ciência nascia no Rio da Luz I, Walter Strebe no dia 12 de outubro de 1933, filho de Alberto Strebe e Wanda  Spengler, ambos já falecidos.
        Em meio á comunidade rural, entre alemães na maioria pomeranos, Walter Strebe passou a infância modesta, aprendeu cedo o valor do trabalho, vivendo nos princípios e costumes do meio em que vivia, os quais foram à base para a formação de seu caráter na vida adulta. Nesta comunidade foi matriculado na Escola Estadual Isolada “Rio da Luz I”, nacionalizada a partir dos anos 20. A escola era regida pelas irmãs e professoras, Olindina Vieira e Guilhermina Vieira. Coube a essas educadoras a missão de lançar Walter Strebe no mundo das letras e da leitura.
          Por ocasião de uma entrevista ao Arquivo Histórico Municipal “Eugênio Victor Schmöckel”, em agosto de 2005, Dona Wanda Wolf relatou o papel significativo das duas professoras, pois ambas revelaram carinho e atenção para os filhos Walter e Eugênio. Comentou com orgulho, que durante a vida escolar dos
filhos na Escola “Rio da Luz I”, as professoras não a chamaram à escola, para se queixar do comportamento dos mesmos.
           Posteriormente, quando Walter terminou o primário realizou provas de admissão escolar e foi integrado ao corpo discente do Colégio Marista São Luís, onde cursou o Complementar e depois o 2º Grau. Hoje esses cursos são equivalentes ao Ensino Fundamental e Ensino Médio.
       Apesar de toda dificuldade financeiras, Dona Wanda e o Sr Félix Wolf conseguiram educar o filho Walter e o irmão Eugênio. Inclusive a escolarização de
Walter, na escola privada marista, na época considerada um primor da
educação para formação da juventude.
          Aos 5 dias do mês de maio de 1949, Walter Strebe consegue uma vaga na Firma Weege e permanece nesta firma até 28 de fevereiro de 1950. A partir dessa experiência trabalhou na Empresa Sul Brasileira de Eletricidade S. A. — Empresul (CELESC), no setor administrativo. Foi vendedor e representante comercial na
empresa Erwino Menegotti, Organizações Mohr e na Moretti Jordan atuou
como vendedor, onde encerrou a carreira na iniciativa privada, buscando e conseguindo logo em seguida a sua merecida aposentadoria.
          Em 1954, muito jovem e atleta amador do Botafogo Futebol Clube casou-se com Wally Méier. Foi uma fase da vida marcada pela cultura pebolística, trabalho e matrimônio. Além disso, também foi uma fase que veio ao mundo o nascimento do filho Walmor e das filhas Waldineia e Waleria (in memorian).
          Começou a jogar futebol no Botafogo aos 15 anos como lateral esquerdo. Sempre jogou no Botafogo. Os amigos que ele se recorda: Antoninho Gadotti, Faustino Girolla, Constantino Rubini, Antonio Ayroso, Tarcisio Satler, Marinho Rubini, Olindo Maba, Renato Buzzarello, Acácio Gadotti, Wigando Méier, Eugenio Strebe e outros.
        Walter foi um atleta atuante em campo, como lateral esquerdo, o qual manteve bom entrozamento com a equipe de futebol que surpreendiao o adversário com espírito de equipe e garra esportiva.
        Apesar de suas atividades esportivas, profissional e familiar, nas horas de folga praticada a caça “quando ainda era permitido” e, se não tivesse acampado em algum morro da região, certamente se encontrava embarcado em alguma canoa pescando, seja de linha de mão, rede ou tarrafa, lá estava o seu Walter fazendo o que mais gostava a pesca.
           Por se tratar de uma pessoa identificada com a história do Alvinegro da Barra do Rio Cerro a atual diretoria, hoje, presta essa homenagem ao seu Walter, singela sim, mas de muita importância a quem em muito contribuiu para o engrandecimento do Botafogo Esporte Clube, de modo a formar essa grandiosa família Botafoguense.
      E é neste clube, onde há pessoas  identificadas com a história de trabalho voluntário prestado por Walter à diretoria em 1963, quando era o presidente do Botafogo, será homenageado, para não só ser lembrado na galeria dos dirigentes.  Mas, por ser uma pessoa de admiração e de respeito, na condição de atleta brilhante em equipe. Além disso, sempre foi leal as cores do clube, que defendeu em campo e no comando da diretoria.
         Atualmente a companheira é a Senhora Teresinha, com qual residem no Bairro Lenzi, local tranquilo e livre dos engarrafamentos do caótico trânsito de Jaraguá do Sul [SC].
Ademir Pfiffer - Historiador

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